sexta-feira, 9 de março de 2018

SOCIEDADE

Mulheres defendem união de esforços na luta pelos seus direitos 

 

A visibilidade da mulher nos sectores-chave para o desenvolvimento, como o económico e científico ainda é mínima. Quem o considera é activista social e presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, Graça Machel, que defende a união de esforços para que os direitos das mulheres sejam cumpridos.
As mulheres, embora sejam a maioria no país, continuam com um papel pouco interventivo nos processos de tomada de decisão, por isso Graça Machel defende, em primeiro plano, a formação desta classe. Mas sustentou, porém, que haja foco, metodologias e objectivos claros na advocacia pelos direitos das mulheres.
Aliás, sobre a fraca intervenção das mulheres nos processos de desenvolvimento, a embaixadora da Holanda em Moçambique, Pascalle Grotenhuis, refere que com o não aproveitamento da disponibilidade do talento feminino, as instituições do governo e o sector privado poderão atingir resultados mais baixos do que poderiam atingir, em caso contrário e acrescenta que a igualdade de género no em Moçambique pode contribuir para o crescimento económico em até 25% nos próximos 10 anos.
Já a jornalista moçambicana, Selma Inocência, é da opinião que alguns aspectos da lei sejam alterados, mesmo para garantir a equidade. Aponta o decreto que obriga as raparigas a abandonarem o ensino diurno para o nocturno, em caso de gravidez, como um obstáculo para o desenvolvimento feminino. A jornalista diz que esta acção reduz a qualidade e visibilidade das mulheres nos sectores de decisão.
E porque a união faz a força, a directora-executiva do Fórum Mulher, Nzira de Deus, refere que a acção colectiva pode fazer a diferença e relembra de caso de sucesso como a criação da lei de terras, da família e da lei contra a violência doméstica. “Conseguimos, em 2009, depois de uma mobilização colectiva, que as deputadas e os deputados entendessem que era necessário aprovar-se a lei sobre a violência doméstica”.
Todos os argumentos foram defendidos, esta quinta-feira em Maputo, durante uma mesa-redonda sobre os avanços e desafios nos direitos das mulheres em Moçambique e no Mundo, organizada pelo Alto Comissariado do Canadá, por ocasião da celebração do Dia Internacional da Mulher.

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