sexta-feira, 23 de março de 2018

SOCIEDADE

Moçambique inova na geração de energia

 Dez a vinte por cento da energia eléctrica consumida no país será gerada por fontes solares ou eólicas, segundo projecções da empresa Electricidade de Moçambique (EDM) para as próximas duas décadas.

A percepção que existe é de que o país precisa de apostar em novos tipos de fontes de energia eléctrica, perante a ameaça trazida pelas mudanças climáticas.
O Presidente do Conselho de Administração da EDM, Mateus Magala, assume que a energia produzida em barragens, que actualmente constitui a base de electrificação do país, não dá mais confiança, pelo que está na hora de se apostar em novos tipos de fontes, com destaque para o sol, que é inesgotável.
Magala, que falava há dias em Maputo, apontou que a tecnologia de construção de unidades de geração de electricidade a partir do sol é bastante onerosa mas, actualmente, tendem a ser competitivas e mostram-se mais seguras em relação a continuar a apostar-se em barragens, numa altura em que a água escasseia para a mover turbinas e produzir energia eléctrica.
Até ao momento a EDM fornece energia gerada em hidroeléctricas e a partir de centrais a gás natural, mas está já arrancar com obras de construção da primeira fonte solar em Mocuba, na Zambézia.
Com capacidade de gerar 40 megawatts, a unidade resulta de um investimento de 80 milhões de dólares americanos provenientes de parceria público-privada.
A infra-estrutura será ligada a uma rede desenvolvida numa parceria entre a Scatec Solar, o Norfund e a EDM.
Na última segunda-feira, o PCA da EDM e a embaixadora da Suécia, Marie Andersson de Frutos, rubricaram um acordo que prevê o financiamento, por aquele país europeu, no valor de seis milhões de dólares americanos, de processos de concepção de projectos de geração, transporte e distribuição de energia eléctrica no país.
Na ocasião, a diplomata sueca destacou a necessidade de se encontrar novas e inovadoras fontes de electrificação do país e convidou a EDM a aproveitar a experiência do seu país para avançar nesse sentido.
Os fundos alocados vão suportar a preparação de projectos até 2021 e, entre vários, destacou-se a segunda fase da hidroeléctrica de Mavuzi, as centrais hídricas de Tsate, Messalo e Mugeba, bem como as linhas Nampula-Angoche, Chimuara-Dondo, Maputo-Salamanga, Ressano-Garcia-Beluluane e Macia-Chongoene.
Espera-se igualmente realizar os estudos para a electrificação de postos administrativos que continuam sem acesso à rede nacional, bem como a reabilitação e melhoramento das linhas de distribuição de Xai-Xai e Nampula.

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