Ensino Superior: Governo procura internacionalização
O GOVERNO moçambicano está a criar condições para a aplicação de mecanismos de avaliação internacional e integração regional das instituições nacionais de ensino superior.
Segundo
o ministro da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e
Técnico-Profissional, Jorge Nhambiu, neste âmbito, destaca-se a
exigência da melhoria da qualidade de ensino e de investigação como
“motor” essencial para o desenvolvimento científico e tecnológico do
país.
Usando da palavra ontem na Beira, na abertura da 19.a reunião do Conselho Africano de Ensino à Distância e do 35.o
Conselho de Reitores, Nhambiu referiu que alguns dos desafios das
instituições do ensino superior moçambicanas se prendem com a
necessidade de permitir a abertura de cursos profissionalizantes, para
reduzir o número de graduados que, ao invés de serem geradores de
emprego, procuram emprego.
“Preocupa-nos,
igualmente, a qualidade do ensino, de modo a que possibilite a
mobilidade dos estudantes, através da harmonização dos sistemas de
acreditação e transferências de créditos académicos”, defendeu.
Reconheceu,
no entanto, que muitas instituições do ensino superior moçambicanas se
têm esforçado em acreditar os seus cursos para se tornarem cada vez mais
competitivas. Apontou ainda que há avanços qualitativos no sector.
Sobre
as reuniões em questão, afirmou esperar muitos ganhos, entre os quais a
melhoria das práticas do ensino superior, com modalidades de ensino
aberto e à distância e do “e-learning”, assim como o ensino presencial,
além de estabelecer parcerias para a formação de docentes, programas de
investigação e intercâmbio de estudantes e docentes.
Recomendou
igualmente a necessidade de colaboração e partilha de materiais
didáticos e recursos humanos competentes para permitir a mobilidade de
docentes e estudantes e a consolidação do relacionamento entre os
parceiros internacionais, tais como a Commonwealth of Learning, UNESCO e
União Africana.
Por
seu turno, o presidente do Conselho Africano de Ensino à Distância,
Abdelraouf Elbadawi, defendeu que as sinergias que se vão criando nas
universidades no continente vão promover a qualidade do ensino e do
saber ser e fazer.
“Esta
é uma indicação clara de que estamos a criar condições para aprender
uns dos outros. O ensino à distância vem ganhando grande destaque, numa
altura em que as Tecnologias de Informação e Comunicação influenciam no
acesso ao conhecimento”, assumiu.
Participaram no encontro académicos em representação de quase todos os países de África.
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