quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Sociedade

Professores sem autorização não leccionam no privado a partir deste ano

 

 Os professores que leccionam no ensino público só poderão dar aulas nas escolas privadas mediante autorização das autoridades distritais da Educação.

 

 

A decisão segue-se à persistência de casos de abandono do local do trabalho por parte dos professores do sector público, que dão primazia às escolas comunitárias ou particulares onde têm contratos.
Segundo o “Notícias” de hoje, Artur Dombo, director da Educação e Desenvolvimento Humano da cidade de Maputo, apela às escolas comunitárias e privadas que trabalham com professores do sector público no sentido de não admitirem docentes não autorizados para evitarem ausências prejudiciais de alguns professores.
“Temos muitos constrangimentos, pois vários professores abandonam o trabalho nas escolas públicas porque têm contrato nas privadas, prejudicando centenas de crianças. De forma a evitar esta situação, as direcções das escolas privadas devem receber ou contratar professores devidamente documentados pela Direcção da Educação e Desenvolvimento Humano”, explicou Dombo.
Manuel Simbine, porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, reconheceu que as escolas públicas e privadas estão ao serviço da sociedade e o trabalho que fazem é da responsabilidade do Governo, mas que há que haver regras.
“Neste momento, o sector público não está em condições de absorver todos os alunos, daí que aparece o sector privado para fazer a outra parte. Apesar deste grande contributo, este deve acolher docentes devidamente autorizados”, explicou.
Realçou que o problema em questão tem sido debatido nos últimos tempos, havendo necessidade de envolvimento das autoridades de tutela, nomeadamente os directores das escolas, os inspectores e as direcções distritais da Educação.
“Quem devia controlar os professores, em primeiro lugar, é o director da escola, que a princípio deve estar sempre presente no seu posto de trabalho, e, em segundo, a inspecção, que deve fazer regularmente as suas actividades nas escolas. Se estes cumprirem devidamente com as suas tarefas, podíamos minimizar este cenário”, concluiu

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